Lucas Mortari e Wesley Rodrigues reaproveitam PALETES em Rio Branco.
Ao contrário de muitos, a palavra “crise” não causa nenhum medo aos músicos Lucas Mortari, de 31 anos, e Wesley Rodrigues, de 20 anos, que moram em Rio Branco. Há seis meses, eles decidiram tornar um simples hobby em empresa. Com paletes coletados em lojas e até no lixo, os dois começaram a fabricar móveis artesanais e dizem que já alcançaram um lucro líquido de mais de R$ 7,5 mil.
Rodrigues lembra que, antes de montarem o empreendimento, os dois e outro amigo “brincavam” de construir instrumentos musicais e algumas peças para familiares. Até então, nunca houve a ideia de tornar o lazer em algo mais sério. Mortari diz que decidiu investir na empresa após a reforma da casa, quando não conseguiu encontrar os móveis dos sonhos.
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“Trocamos os móveis e os que estavam vendendo eram caros, frágeis e não me agradavam esteticamente. Pesquisei e vi algumas coisas interessantes com madeira reaproveitada. Fiz um banquinho para minha avó e as pessoas começaram a perguntar se eu vendia. Surgiu uma oportunidade de negócio e era uma coisa que eu já gostava de fazer”, diz.
As opções de criação com palete são imensas, segundo os amigos. Eles falam que, apenas nesses seis meses, já construíram utensílios para cozinha e jardim, cercas vivas, portas, guarda-roupas, painéis para televisão, mesas de jantar, mesinha de centro, cadeiras de balanço e ainda móveis de escritório. Já foram em torno de 150 vendas realizadas mediante encomenda.
“Recebemos a encomenda e fazemos, porque não tenho lugar para estocar o produto pronto. Trabalho numa logística para não estragar os paletes, porque se eles ficarem em local descoberto pegam chuva. Não tem segredo, qualquer pessoa pode fazer um móvel. Para mim, o que conta é a criatividade”, fala Mortari.
Sobre os preços, Mortari diz que, em média, cada palete pronto – lixado, tratado, com selador e verniz – sai entre R$ 50 e R$ 85 devido aos tamanhos. Segundo ele, a peça mais barata, uma mesa de centro sem o vidro, custa R$ 100. “Um sofá nas lojas convencionais sai por pelo menos R$ 1,5 mil. Meu sofá de três lugares sair por R$ 300 sem o estofado. Cobro o serviço”, completa.
‘Decidi não participar da crise’, diz Mortari
Diante dos resultados obtidos nos primeiros meses de vendas, os amigos fazem planos. A ideia é sair do apenas online, onde as peças são atualmente vendidas, para uma loja física. O segredo, de acordo com os dois, é descobrir o que se pode fazer e apostar nisso apesar do momento de crise. Eles falam, inclusive, abrir franquia e até exportar.
“Estamos nos divertindo. Nossa vontade nunca foi ficar milionário, queremos deixar as pessoas felizes. Não descarto as ideias de exportar ou de uma franquia. Tudo é possível, mas não temos a ânsia de dinheiro. Com o pouco é possível fazer muito, as pessoas falam em crise, mas decidi não participar disso. A crise é uma oportunidade de se reinventar”, defende Mortari.
Além disso, eles dizem que, muito além do lucro, é importante colaborar com o ambiente, dando serventia a um material que normalmente é descartado. “Nossa pegada é o ecológico. Pense o planeta como o quintal de sua casa, é muito simples. Se entulhar as coisas, uma hora haverá problema. Podemos deixar uma coisa destrutiva ou construtiva”, acrescenta.
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Fonte: G1